quarta-feira, 25 de novembro de 2009

No popular..

O mundo rodou, agora tá de cabeça p baixo
O meu mundo então, esse sim tá revirado no exculaxo
Eu não ligo prá mudança, modismo e evolução
Mas acredito sim que ser útil e ser sempre melhor deve ser nossa intenção
Ditado popular tem que ser entendido
Se virou ditado é porque foi muito repetido
Bom senso ou senso comum é o que é
“em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher”...

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

A quem possa interessar:

Sou um mix!! Mix de momentos, de situações, de sentimentos e pessoas! Pluralidade, porém com singularidade!!
Paradoxo? Com certeza! O conflito interno é a maior prova da busca incessante de melhoria. Os resolvidos são inertes, estáticos e, quase sempre, chatos.
Incoerente e extremista, se o anjo de guarda bate, amo e protejo, se não, me afasto. Prefiro amar a rejeitar mas não sou de perdões, infelizmente sou de mágoas. Embora muito não se possa escolher quando se trata de sentir, hoje aplico o contrário ao agir. Procuro ser o abraço, a palavra, o carinho e o cuidado, e na atitude expressar não o que sou, mas o que posso representar na vida de cada um. Minha ambição não é do melhor (que é relativo) mas do que preciso (que é circunstancial), portanto ela é dinâmica e evolui com o passar das fases em que me encontro. O que quero, quero agora, tenho dificuldade em fazer o presente pensando no futuro.. prefiro pensar neste como consequencia.
Prefiro esgotar as possibilidades, ter a razão, não ter culpa, fazer o certo, ser sincera, não dever, não temer e saber ceder... mas se sempre fosse assim.. o quão feliz eu seria? Junto a ervas daninhas uma rosa não sobrevive se não tiver espinhos..

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Interessante visão sobre o cigarro

Autor de ‘O cheiro do ralo’ faz ode ao cigarro em filme no Festival do Rio

Lourenço Mutarelli estrela ‘Natimorto’, seu segundo livro a virar filme.
Trama relaciona cartas do tarô com fotos-catástrofe dos maços de cigarro.

Na mesinha de centro da sala do escritor Lourenço Mutarelli há uma pequena placa entre maços de Malboro onde se lê o aviso: “mesa reservada preferencialmente para não-fumantes”. Trata-se de uma “pequena vingança”, como ele próprio alega, à patrulha anti-tabaco.

Vingança maior deste fumante inveterado é o filme “Natimorto”, de Paulo Machline, que estreia nesta quinta-feira (1), dentro da mostra competitiva do Festival do Rio. Adaptação do livro homônimo de Mutarelli, o longa conta a história de um agente musical que acredita que seu destino está traçado na foto-catástrofe que ilustra o primeiro maço de cigarro do dia.

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Confira os detalhes na entrevista que o escritor concedeu ao G1, na tarde da última quarta-feira (30).


G1 – Como espectador, você gostou do filme ‘Natimorto’?
Mutarelli – Adorei o filme e isso não é bom sinal. As coisas que gosto não são populares e tenho medo que não atraia o grande público. O Paulinho [Machline] optou em tirar o humor que há no livro e quando ele aparece, é um registro tão vertiginoso, que não dá tempo nem de perceber. Então ficou pesado, gostei muito. Em “O cheiro do ralo”, o Heitor Dhalia tinha a proposta de tornar o filme mais acessível que o livro. Gostei, mas esteticamente ficou longe do meu universo.

G1 – E como escritor? Você gostou do resultado da adaptação que fizeram do seu livro para o cinema?
Mutarelli –
“Natimorto” é o meu livro que mais gosto. Por mais que fosse desvirtuada no filme, a história estaria preservada no livro. Em “O cheiro do ralo”, todos no set ficavam me perguntando coisas e eu não sabia responder. Eles tinham lido e relido o livro, tinham um conhecimento maior da história que eu, que nunca mais tinha lido. Com “Natimorto” foi igual. Escrevi as duas tramas de forma rápida e profunda. “O cheiro do ralo” fiz em cinco dias, só com pausa para o Miojo, e no dia seguinte comecei a escrever “Natimorto”. Se eu fosse espiritualista, diria que psicografei esses livros. Diferente de um roteiro de cinema, que você vai tratando, tem uma equipe envolvida... Sempre passo a ter uma visão mais profunda do que escrevi, a partir do olhar do outro. Não sei se vou reler “O cheiro do ralo” algum dia, mas se reler, imaginarei o Selton Mello na história.


G1 – Foi ideia do diretor te escalar como protagonista de “Natimorto”?
Mutarelli – Não, foi minha. Era para ser o Matheus Nachtergaele, mas ele tinha um compromisso em Cannes. Então os produtores começaram a pensar em uns atores meio galãs. Isso me incomodava. Um deles era o Wagner Moura, que acho ótimo. Mas achava importante que fosse um cara mais feio, meio tiozinho... Eu já participava das leituras do roteiro e fiquei com vontade de fazer um teste para o papel. Quando o Mario Bortolotto fez a adaptação de “Natimorto” para o teatro, escalou o ator Nilton Bicudo, que é meio parecido comigo. Gostei muito da peça, assisti várias vezes, e até então, nunca tinha me identificado com o personagem, que é um homem ruim, monstruoso. Eu nem queria me identificar, mas isso passou a acontecer vendo o meu sósia ali, no palco.


G1 – Há uma cena de “Natimorto” em que você aparece com o corpo coberto de insetos. Foi difícil para você?

Mutarelli – Essa cena estava sendo deixada para o final das filmagens e eu estava louco para fazê-la. A equipe queria usar de realidade virtual se eu preferisse, mas achei que com baratas, gafanhotos e larvas de verdade ficaria melhor. Por incrível que pareça, foi prazeroso contracenar com eles. Sempre que as baratas se dispersavam, eu as puxava para perto. Só me incomodava o cheiro, que era muito forte. Mas foi como mergulhar na água gelada: você sabe que há o choque inicial, mas depois a sensação é boa. Sempre pensei em ser cremado, mas mudei de ideia, quero ser enterrado. Se possível, sem caixão. Entendi que há beleza no fato de alimentar os vermes.


G1 – Como você começou a fazer a relação entre as cartas do tarô e as fotos-advertência dos maços de cigarro?
Mutarelli –
O tarô é fascinante, sempre li os livros sérios sobre o assunto. Quando foi lançada a primeira campanha daquelas imagens horríveis nos maços de cigarro, como fumante, me senti extremamente agredido, e resolvi subverter aquilo. Comecei a procurar um paralelo entre a iconografia do tarô e as das fotos nos maços. A primeira leva de imagens era mais elaborada. Eram como pequenas cenas e aí veio a ideia do livro: o cara que acredita que a sorte do seu dia está determinada na foto da primeira embalagem de cigarro que ele fuma.

G1 – E essa ideia chegou a te contaminar no cotidiano? Você lê a sua sorte no maço de cigarro?
Mutarelli –
Não! Não sou tão doente quanto meus personagens... Alguns leitores até hoje me mostram o maço e perguntam “e hoje, o que vai acontecer comigo?”. E essas imagens de agora não tem nada a ver. A primeira coleção de fotos era mais elaborada, dramática, dava para ver os arcanos todos... Outro dia até vi uma foto interessante numa embalagem... Mas não sei o que anda acontecendo, sempre tiro o maço da impotência sexual... A impotência me persegue...

G1 – E o que você achou da lei anti-fumo?
Mutarelli –
Por causa dela estou com medo de proibirem o filme em salas fechadas. Acho ridícula essa lei. Concordo que não se deve fumar em restaurante, ônibus, em avião muito menos. Mas acho um absurdo não poder fumar no aeroporto depois de um vôo de 12 horas. Deveria ter mais ambientes para fumantes. Fui a um show e tive que pagar a conta e me davam um bracelete para poder voltar. Nem voltei, desisti do show. Tenho saído muito menos por causa dessa lei. É nazista e abre precedente para outras proibições.

G1 - E você pensou em parar de fumar?
Mutarelli –De jeito nenhum! Um dia serei obrigado a fazer uma traqueostomia e vou fumar no gogó. Eu adoro fumar, existo para fumar, tem dias que acordo só para fumar.
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http://g1.globo.com/Noticias/Cinema/0,,MUL1325038-7086,00-AUTOR+DE+O+CHEIRO+DO+RALO+FAZ+ODE+AO+CIGARRO+EM+FILME+NO+FESTIVAL+DO+RIO.html

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Longo inverno....

Dez anos em um... JK provavelmente riria desta frase mas nada melhor para definir o motivo de minha ausência..
Tanto a viver, a ver, a decidir.. que escrever acbou por ficar sem um porquê.
Não que eu realmente estivesse ocupada por tanto tempo... mas o tempo livre foi ocupado (contradotório?) por uma grave melancolia.. que se não travou os músculos, deixou o cérebro inerte...
Tantas mudanças mas continuo no mesmo ponto.. o que faço agora?
Mudei de casa, de namorado, de estudante para desempregada, de sozinha para mãe de cachorro
(um lindo cachorro diga-se de passagem), de prioridades, mas... o que faço agora?
O futuro se mostra ainda nublado, embora com mais estradas que antes, ainda não sei qual tem menos pedras ou ao menos qual levaria a um destino confiável.
era interessante pensar no "Carpe Diem" mas o tempo passou e com ele várias de minhas teorias ficaram antigas.. Seria insensato não pensar, ou não se preocupar com o futuro.
Quase 30.. corpo de 25, rostinho de 20 mas é a cabeça que me preocupa, alguns medos ainda vagam em meus calcanhares como fantasmas e embora eu seja expert em coices, isso só funciona para os vivos.
Não pretendo recuperar o tempo perdido em um longo e desgastante discurso, que este seja apenas o marco da volta, um olá quase que despreocupado pois está certo que será correspondido em breve.
A função mãe de cachorro me chama.. hora do jantar...